domingo, 6 de dezembro de 2009

Partido Socialista de Baião

Comissão Política Concelhia
05/12/09
JOSÉ LUÍS CARNEIRO: “BAIÃO QUER DAR O SEU CONTRIBUTO PARA O DEBATE POLÍTICO DISTRITAL”
José Luís Carneiro mostrou-se ontem disponível para “assumir mais responsabilidades no seio do Partido Socialista, nomeadamente a nível distrital” e desafiou os militantes e dirigentes socialistas do Distrito a fazer do Porto “o centro do debate político a nível nacional”. O autarca assegurou, no entanto, que irá manter-se como presidente da Câmara de Baião até ao final do mandato como foi prometido aos eleitores.
“Baião quer dar o seu contributo para o debate político distrital que se avizinha e que inaugurará um novo ciclo político. Um ciclo que terá pela frente as eleições presidenciais, as europeias, as legislativas e as autárquicas. É por entendermos que este ciclo é mais exigente, que queremos dar um outro tipo de contributo à vida do Partido no distrito”, defendeu aquele que nas últimas autárquicas conquistou a maior vitória de sempre dos socialistas no distrito (com 67% dos votos).
O discurso foi proferido no tradicional Jantar de Natal do PS-Baião, perante quase mil pessoas, entre as quais Nuno Cardoso, Pedro Baptista, Agostinho Gonçalves, o recém-eleito presidente da Câmara de Mesão Frio Alberto Pereira, e dirigentes de vários pontos do distrito.
Elegendo a regionalização como a “causa das causas” para o desenvolvimento do país, José Luís Carneiro classificou de inadmissível o crescimento das assimetrias regionais. “A lógica do poder deve ser a de dar às comunidades os instrumentos e ferramentas de decisão e não afastá-los”, concluiu.
“Há quem argumente que a regionalização não é bem-vinda nesta época de crise económica, mas creio que esta solução não implicaria o crescimento da despesa, antes uma melhor afectação dos recursos. Seria, até, uma forma de fazer frente à crise”, notou. Para José Luís Carneiro “o capital de experiência e conhecimento obtido pelos recursos humanos das Comissões de Coordenação e das Direcções Regionais” deverá servir de base às futuras regiões administrativas.
O socialista eleito pela primeira vez em 2005 deixou ainda um desafio: “devemos contribuir para a produção de um pensamento político relativo às novas atribuições e competências das autarquias locais. Deveremos ter um pensamento próprio sobre o modo como as autarquias se devem posicionar no em áreas tão importantes como a Educação, a Saúde, a Acção Social, o Ambiente, o Ordenamento do Território e a participação dos cidadãos nos instrumentos de gestão municipal”.
O autarca entende igualmente que as “candidaturas autárquicas do PS devem pautar-se por uma certa identidade estratégica e programática. Essa concertação política estratégica deverá ter em conta as múltiplas realidades no interior da região e do próprio distrito do Porto”.
O baionense frisou ainda a necessidade de ter um partido “aberto e em diálogo permanente e constante” com a sociedade: “estamos convencidos que um partido com esta inserção na vida cívica e capaz de ouvir e perceber essa dinâmica teria evitado e perda da maioria absoluta do PS. Um partido com esta dinâmica será o melhor aliado do Governo, pois, permitirá o ajustamento das políticas públicas às efectivas e justas necessidades sócio-culturais e económicas do País”.
“Na última legislatura foram implementadas boas políticas, mas muitas vezes faltou a ligação do partido com a sociedade civil, para que estas percebessem o porquê da avaliação dos professores, da actuação da ASAE. Faz igualmente sentido que haja um acompanhamento muito próximo da forma como estão a ser aplicadas as prestações sociais – a rendimento social de inserção, o acesso à formação profissional, ou o subsídio de desemprego”.
“Por último”, notou, “é tempo de conhecermos e de participarmos na discussão sobre as propostas de reforma eleitoral discutidas pelos dois partidos ao mais alto nível. É que, pelas notícias vindas a público sobre os estudos realizados por entidades independentes, se os partidos avançarem no sentido das propostas apresentadas por essas entidades, poderemos vir a assistir a uma das maiores transformações políticas desde o 25 de Abril. Ora, o distrito do Porto tem que participar activamente nesta discussão”.
O socialista referiu-se ainda à questão das portagens no grande porto, defendendo o surgimento de uma “visão integrada” sobre a área metropolitana e a região norte. “É preciso criar uma política de portagens que tenha em conta as relações existentes entre as região e factores de natureza económica, social e ambiental, pois há que promover o uso do transporte público”.
Os outros discursos da noite ficaram a cargo do presidente da Concelhia do PS-Baião, Paulo Pereira, o presidente da Assembleia Municipal de Baião, José Pinho Silva e o antigo presidente da Assembleia Municipal baionense e candidato à autarquia, José Teixeira de Sousa, que ao fim de 18 anos de relação com o PS-Baião na qualidade de independente se tornou recentemente militante socialista. Tal como 200 novos militantes ontem apresentados.

6 comentários:

antónio ferreira disse...

José Luís Carneiro deve ser visto como exemplo de autarca. Lutou, não desanimou, prometeu e cumpriu, atributos raros nos dias que correm. Hoje Baião está no mapa, quando se fala nesta terra já todos cnseguem associar a um qualquer evento. Refiro um, a aposta efectuada na educação e principalmente no ensino básico.
Um líder a quem ainda não deram uma equipa (O Mourinho dos tempos do Leiria).

Sérgio disse...

José Luís Carneiro é o melhor para presidente da Federação. Aliás para ser melhor do que o cepo que lá está até é bom demais.

Albertina disse...

Além de mais, o José Luís já foi a votos diversas vezes, teve a melhor votação de sempre do PS no distrito do Porto, o Renato nunca foi a votos, vive à sombra desta choldra de aparelho.

Anónimo disse...

Se não fiscalisarem os cadernos e nao meterem fiscais em todas mesas fazem o mesmo que ao Doutor Pedro chapelada da cabeca aos pes

Paulo MB disse...

O problema não está nas chapeladas, mas sim nos "militantes" a quem pagam cotas para surgirem os votos de apoio.
E isso é, infelizmente, a prática conhecida de todos os partidos ditos democráticos.
Quem tem coragem para alterar as regras e criar um órgão externo que verdadeiramente fiscalize a vida interna dos pilares da democracia em Portugal?

Anónimo disse...

Paulo MB está enganado o problema já está nos cadernos que vem falsificados porque Lisboa faz o que os presidentes das concelhias querem porque am Lisboa estão feitos com o Renato e foi assim que fizeram ao Doutor Pedro porque o Renato não esteve pra gastar dinheiro a pagar as quotas deles todos quem fes os cadernos eleitorais foram as concelhias é tudo muito pior do que as pessoas sonham e quem pensa que vê não vê nada são um bando de vigaristas