quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

À falta de crítica dos socialistas do Norte, seleccionemos as dos sociais-democratas...
Luís Filipe Menezes
Red Bull Air Race: Mudança da prova “será paga com as ajudas dos compadres do costume”
16.12.2009 - 20:41 Por Lusa
O presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, disse hoje à Lusa que eventual deslocalização da Red Bull Air Race para Lisboa “não é surpresa” e que “isto será pago com as ajudas dos compadres do costume”.
“Isto não constitui qualquer surpresa para mim”, afirmou Luís Filipe Menezes em reacção à notícia veiculada hoje pela Lusa que revelou a assinatura de um primeiro protocolo entre o Turismo de Lisboa e a Red Bull Air Race para a realização de uma prova sobre o Tejo em 2010.
“Vamos ver agora quem paga a prova”, disse o autarca gaiense.
“O valor de que me fala vai muito para além daquilo que Porto e Gaia pagaram”, sublinhou Menezes, uma vez que o documento assinado terça-feira prevê que as autarquias de Lisboa e Oeiras ficam obrigadas a financiar a Red Bull na elaboração da prova em 3,5 milhões de euros.
Segundo o presidente da Câmara de Gaia, uma das autarquias que acolheram o evento nos últimos três anos, esta mudança “será paga com as ajudas dos compadres do costume, como é o caso do Instituto de Turismo de Portugal e das empresas públicas e parapúblicas sedeadas em Lisboa”.
“Para mim não é surpresa porque já tinha alertado no mês passado que era isso mesmo que ia acontecer”, acrescentou Menezes que garantiu que “quem acabará por pagar isto são todos os contribuintes portugueses, como é costume”.
O acordo, assinado na terça-feira pelo Turismo de Lisboa, em representação dos municípios de Lisboa e Oeiras, e a Red Bull Air Race, demonstra o “desejo de que uma prova do campeonato internacional se realize sobre o rio Tejo na área entre a Torre de Belém e a Ponte 25 de Abril em 2010”.
Segundo o documento a que a Lusa teve acesso as autarquias que recebem o evento devem “providenciar à competição, gratuitamente, o uso do espaço onde o evento decorre, incluindo as áreas dedicadas aos aviões, e uma pista de aterragem, para que seja possível realizar os voos de teste, treinos e voos de qualificação facilmente”.
As autarquias devem ainda garantir “os equipamentos necessários para a cobertura mínima de 100 mil espectadores”.
Os municípios de Lisboa e Oeiras têm até 31 de Janeiro para concluir a elaboração de um protocolo que vai estabelecer as obrigações e direitos das três partes envolvidas.

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