sábado, 4 de abril de 2009

Entre 10 a 30 mil pessoas manifestaram-se à margem da cimeira da NATO
Manifestações em Estrasburgo terminam após um dia de violência
(Público) Em Linha 04.04.2009 - 17h43 Agências
Entre dez mil a 30 mil pessoas, segundo números divergentes da polícia e dos organizadores, manifestaram-se hoje nas ruas de Estrasburgo contra a NATO, à margem da cimeira que marcou os 60 anos da organização. Os protestos degeneraram em violência junto às margens do Reno, onde foram incendiados alguns edifícios, mas a meio da tarde a polícia já tinha dispersado os últimos manifestantes.
A prefeitura da cidade francesa refere que entre os “dez mil manifestantes”, mil eram “particularmente violentos”. Foram estes que, ao início da tarde, incendiaram um hotel, uma farmácia e um antigo posto fronteiriço, já desactivado, junto à ponte Europa, que liga Estrasburgo à cidade alemã de Kehl. A meio da tarde, quando já não restavam manifestantes na zona portuária, os bombeiros combatiam ainda as chamas no hotel e alguns moradores acusavam os bombeiros de terem demorado muito tempo a actuar, permitindo que as chamas se propagassem. As autoridades referem que “muitos manifestantes foram detidos” e “uma dezena” teve de receber assistência médica, na sequência dos confrontos, mas uma fonte dos serviços de emergência médica, ouvida pela Reuters, adiantou que cerca de meia centena de pessoas foi assistida no local.
Em declarações à AFP, Lysiane Rolet, porta-voz do colectivo de movimentos anti-NATO reunidos em Estrasburgo, disse que participaram nas manifestações “um pouco mais de 30 mil pessoas”. A prefeitura explicou que “as forças da ordem contiveram os manifestantes no sector da Ponte Europa, para evitar que eles se dispersassem pelos diferentes bairros de Estrasburgo” e, em última análise, se aproximassem do local onde decorre a cimeira. O mesmo argumento justificou que sete mil manifestantes vindos da vizinha Alemanha tenham sido impedidos de atravessar a ponte e juntar-se aos protestos em território francês.
O comunicado das autoridades refere ainda que os organizadores dos protestos “dissociaram-se dos autores dos actos de violência” que, dizem, são minoritários entre os que hoje se manifestaram em Estrasburgo.

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