quinta-feira, 26 de março de 2009

Contestado modelo para o Campo Alegre
(JN) 27.3.2009 CARLA SOARES
Desconhecíamos a ideia da Metro, que não é a que foi apresentada aquando da visita ministerial. Nem nos passa pela cabeça que a linha não seja enterrada pelo menos a partir da Praça do Império no sentido Nascente, mas com vantagem se for desde o início da Av. Nun' Álvares, embora, pela mesma razão de ser uma avenida nova, poder ter o traçado do Metro sem prejuízo do resto da circulação urbana. Será preciso quantificar os custos do enterramento na Nun'Álvares. A partir de antes da Praça do Império é que não nos parece suscitar dúvidas a necessidade absoluta do enterramento, caso contrário seria um pandemónio em Diogo Botelho e andar para trás na vida urbana da zona. Supomos que fica, no entanto, neste troço, o bicudo problema do Vale do Fluvial. Aquela cota dá para o enterramento? Terá de vir à superfície? Ou de vir por cima? Não perbemos nada de engenharia (a não ser de ideias) mas parece-nos que aqui a obra será obra mesmo(PB)

Os membros da Comissão de Acompanhamento da Linha de Metro da Zona Ocidental do Porto indicados pela Câmara propõem, ao contrário do que prevê a empresa, que o percurso do Campo Alegre seja enterrado.
Num encontro com jornalistas, que antecedeu uma série de contactos com as populações, Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto, o vereador Lino Ferreira e o arquitecto José Carapeto adiantaram qual a posição relativamente à linha do Campo Alegre. O modelo proposto pela empresa, defenderam os membros da Comissão, implica "graves problemas" em termos de circulação, para automóveis e transportes públicos que não o metro, e também de segurança para os peões.
Aquilo que defendem passa por enterrar a linha, não apenas até ao início da futura Avenida Nun' Álvares, mas ao longo de toda esta via e "até ao fim" do percurso. Até porque, concordaram Lino Ferreira e Rui Moreira, trata-se de uma nova avenida e, por isso, "pode ser enterrada de forma mais barata". Esta posição vai ser discutida amanhã, em mais uma reunião com a Metro, e, a partir das 21.30 horas, com os habitantes de Lordelo do Ouro. Dia 3 de Abril será a vez da Foz e, a 16, de Nevogilde. Se os membros indicados pela Câmara aceitam consensualizar o modelo a adoptar na avenida, já no que toca ao trajecto a partir da Praça do Império a "posição é muito mais firme". "Não é a melhor solução ir à superfície, sacrificando todo o resto. Uma cidade não é só transporte urbano, é também a vivência e a segurança das pessoas", defendeu Lino Ferreira.
No encontro com a imprensa, foi passado em revista o projecto sobre o qual a comissão dará parecer. Especificamente no que respeita à inserção à superfície da linha do metro na via Nun' Álvares, o vereador disse não verem com "bons olhos que tenha quase no início 150 metros de trincheira". E o que perguntaram à Metro foi, uma vez que a avenida vai ser construída de raíz, por que não continuar enterrada, da Avenida da Boavista. O problema para Rui Moreira está em articular a filosofia de superfície defendida pela empresa com a de cidade.
Uma questão concreta que levantam é a impossibilidade de quem chega da Praça do Império virar à esquerda. O que, garantem, complicará o trânsito e o conduzirá para as vias atlânticas. A isto juntam a falta de estacionamento. O metro corta, depois, a Praça do Império. O local "já tem bastante trânsito" e criar dois atravessamentos só irá agravar a situação, alerta Lino Ferreira. E avisa que, mais à frente em Diogo Botelho, com a passagem dos alunos da Católica e a circulação dos autocarros nas vias laterais, ele "vai entupir". "A paragem de bus lateral já não se usa", criticou.

1 comentário:

Anónimo disse...

O que diz sobre isto o PS Porto. Às tantas vai falar sobre o Metro de Lx.