quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Manuela de Melo recusa concorrer pelo PS à Câmara de Gaia
Concelhia critica indisponibilidade e sonda Cardoso e Joaquim Couto. Deputada lembra os 12 anos de autarca
CARLA SOARES (JN) 7.1.2008
O PS está sem candidato para Gaia, após Manuela de Melo, que já reunia consenso, ter recusado avançar. Agora, vai sondar Nuno Cardoso e Joaquim Couto. Criticada pela Concelhia, a deputada lembra que já foi 12 anos autarca.
As direcções da Concelhia, da Distrital e nacional do PS vão ter de encontrar outra solução para disputar a Câmara de Gaia contra Luís Filipe Menezes, uma vez que a deputada recusou o convite feito pelo partido. Segundo apurou o JN, as atenções viram-se, neste momento, para os ex-autarcas Nuno Cardoso e Joaquim Couto.
Contactado pelo JN, o líder da Concelhia do PS/Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, confirmou que Manuela de Melo - nome que já apresentava, em Setembro, como "absolutamente consensual" no partido - está "fora" da corrida e que "estão a ser trabalhados alguns nomes" alternativos.
"Defendi que Manuela de Melo era um bom nome para uma disputa eleitoral, nomeadamente em Gaia", recorda o líder da Concelhia. "Agora, também reconheço que, dentro do partido, haja pessoas que só têm vontade de ocupar lugares quando se configuram de prestígio e vitória garantida. Não sei se é o caso de Manuela de Melo, mas há vários anos que vive na Assembleia da República sob o chapéu do PS e não estou certo que tenha, até hoje, incorporado o espírito do partido", acrescentou Eduardo Vítor Rodrigues.
Prosseguindo nas críticas, o dirigente insiste que "há muita gente que está sempre disponível para ocupar os cargos importantes, mas não para fazer combates problemáticos pelo partido". Questionado sobre se perdeu tempo neste processo, diz que, "pelo menos", ficou "a conhecer melhor Manuela de Melo".
Por sua vez, contactada pelo JN, a deputada disse não se rever nas críticas da Concelhia. Lembrando ser defensora da limitação de mandatos, nota que já foi 12 anos vereadora.
Manuela de Melo foi vereadora da Câmara do Porto, nas pastas da Cultura e do Turismo, de Janeiro de 1990 a Janeiro de 2002. E foi vice da Autarquia portuense de 1999 até ao final do mandato.
Do mesmo modo, defende que "ser deputada não é mais prestigiante do que ser autarca". "Ser autarca é um excepcional e honradíssimo cargo político. Não é em nada inferior a outros. Não há hierarquias, são coisas diferentes", destacou, ainda.
Entretanto, no Porto, Elisa Ferreira vai ser submetida, na terceira semana deste mês, à votação da Comissão Política Concelhia.

1 comentário:

Anónimo disse...

Grande combatente socialista. E o trabalho de vereadora na Câmara do Porto custou-lçhe tanto... Doze anos, ainda por cima, vejam lá! E na Porto 2001? Aquele trabalhão todo quase de borla!