quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Estudo do Observatório da Avaliação de Desempenho
Quase 75 por cento dos professores mudavam de profissão se tivessem alternativa
A que nível a cegueira e a prepotência do nbeo-liberalismo tecnocrata vigente está a afundar a educação! Esfreguem as mãos investidores: sobre a ruína da escola pública vão surgir "novas oportunidades" de negócios chorudos. Colégios privados, como se fossem clínicas privadas. E ainda vão tentar que seja, como na saúde, o erário público a pagá-los!
(Público) 18.12.2008 - 11h51 Lusa
Quase 75 por cento dos professores mudavam de profissão se tivessem alternativa e 81 por cento admitem que, se pudessem, pediam a aposentação, mesmo com penalizações, segundo um inquérito a mais de mil docentes que será apresentado hoje.
De acordo com dados do Observatório da Avaliação de Desempenho, órgão criado pela Federação Nacional dos Sindicatos da Educação e pelo Instituto Superior de Educação e Trabalho, apenas 26 por cento dos inquiridos continuariam a escolher a profissão de professor.
O inquérito – realizado nos últimos dois meses a nível nacional a cerca de 1100 professores – conclui, também, que mais de 60 por cento dos docentes consideram que o processo de avaliação de desempenho vai “prejudicar” ou “prejudicar muito” a preparação e concretização das aulas.Maioria antevê piores relações com colegas.
Por outro lado, quase 70 por cento dos inquiridos pensam que este processo vai ainda prejudicar a sua relação com os conselhos executivos, com os professores avaliadores e a colaboração com os colegas.Quanto aos avaliadores, 40 por cento dos professores questionados não lhes reconhecem “capacidade de avaliar com rigor e isenção”, nem tão pouco “conhecimento na sua especialidade”.
Mais de 65 por cento dos docentes discordam com a intervenção dos pais no processo de avaliação docente.
No entanto, quando questionados sobre o seu caso concreto, 16 por cento aceitaram a participação dos encarregados de educação.
O estudo aborda ainda os objectivos e metas estabelecidos nos projectos educativos das escolas: 40 por cento dos professores acreditam que os mesmos são alcançáveis, mas com menos sobrecarga de trabalho administrativo, enquanto 23 por cento sublinham a necessidade de mais condições de trabalho.

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