quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Estudantes gregos estenderam bandeirolas na Acrópole apelando à "resistência" europeia
18.12.2008
Protestos prosseguem com 600 escolas ainda ocupadas, explosões e a convocação de novas manifestações
A agitação continua na Grécia e está aparentemente para durar: os amotinados estenderam duas bandeirolas na Acrópole, uma delas apelando a revoltas também no estrangeiro, e ocorreram novas ocupações.
O mea culpa do primeiro-ministro Costas Karamanlis de terça-feira não fez baixar a tensão social. Turistas que visitassem ontem o mais visitado dos monumentos gregos podiam ler, já perto dele, uma faixa de pano com a palavra "Resistência" em grego e em francês, inglês, italiano e alemão, e outra com um convite: Dezembro, 18, demonstração de solidariedade em toda a Europa".
Um porta-voz do Governo queixou-se desta acção, que classificou de "indesculpável" por degradar a imagem do país, mas os cartazes continuavam no lugar a meio da tarde. Na capital e no país, os protestos prosseguiam, convocados pelo comité coordenador dos estudantes.
Em Atenas, uma manifestação estava convocada para o fim da tarde em frente da direcção local da polícia.
Na província, 600 escolas, incluindo várias universidades, continuavam ocupadas pelos estudantes. Em Ioannina, meia centena de jovens invadiram a câmara municipal. Em Salonica, no Norte, onde explodiram sete bombas artesanais, que não causaram senão prejuízos materiais, grupos de extrema-esquerda apelavam também a uma manifestação para o fim do dia.
O primeiro-ministro Costas Karamanlis reconheceu terça-feira numa intervenção no seu grupo parlamentar que não se deu logo conta no princípio da gravidade da revolta e que há problemas como a corrupção, de justiça social e educativa à espera de solução urgente. Mas o discurso não arrefeceu os ânimos

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