sábado, 15 de novembro de 2008

É incrível a concepção que certas pessoas com responsabilidades no sector educativo têm dos jovens, como seres mais ou menos acéfalos e acríticos, onde tudo se pode inscrever como numa folha de papel branco! É natural que assim sendo, tudo façam para que o "sistema" mantenha os jovens como acham que eles são na realidade. Donde a tendência para a formatação, o pensamento único, a destruição da personalidade e da criatividade individual, ínsita nas pretensas reformas dos últimos anos. Afinal é assim que estas pessoas são e embora niunguém deva fazer dos outros o que faz de si, não é assim que funcionam...
O ridículo vai ao ponto de acharem os alunos do "secundário" incapazes de fazer o que têm feito sem qualquer manipulação! Só provam que nada sabem do sector que dirigem. Mal, claro, como podia ser de outra forma?
(Público) 15.11.2008
Ontem, com os estudantes na rua, o secretário de Estado Valter Lemos (também ele alvo, aliás, dos protestos na D. Dinis) seguia o registo. Lamentando "uma clara tentativa de instrumentalização", justificava essa sua presunção no facto de, nas reportagens televisivas que ouvira, "a maioria dos alunos nem saber ao que ia" e de as associações de estudantes terem dito "que não tinham nada a ver" com as manifestações.
A norte, a directora regional de Educação ia mais longe, agitando o trunfo de terem sido "identificadas várias pessoas pela PSP" a par de outras que teriam sido apontadas pelos conselhos executivos como estranhas às escolas.
A resposta dos sindicatos chegou de imediato. Mário Nogueira, da Fenprof, desafiava Vitalino Canas a conter-se nas insinuações, "porque a difamação é crime". "Os alunos não participam na luta dos professores. As suas formas de reivindicação só os comprometem a eles", avisou. E João Dias da Silva, da FNE, insurgia-se contra a "a ilegitimidade de lançar uma suspeita sobre professores e eventualmente sobre sindicatos de professores". "Se há provas de uma eventual instrumentalização que sejam identificados os autores", apelou. Preocupadas, as associações de pais alertavam para o perigo de uma radicalização que pode pôr em risco o prosseguimento das actividades lectivas. Foi o que fez a CNIPE . Mas, para a CONFAP, a teoria governamental da instrumentalização não foi excluída. "Lamentamos que estejam a usar os alunos para lutas que não são as suas", declarou o vice-presidente António Amaral, revelando ter conhecimento de haver carros descaracterizados e uso de megafones - "aparelhos que não são do uso de estudantes" - na convocação dos protestos.
Para o deputado do PCP Miguel Tiago só mesmo "quem vive noutro mundo" pode considerar que protestos de alunos e de professores com a dimensão a que se tem assistido resultam da instrumentalização de partidos políticos. Lamentando os incidentes "condenáveis", o líder da JP, Pedro Moutinho, não acredita em "manipulações". E Bruno Ventura, candidato à liderança da JSD, rejeitava paternalismos, porque os "jovens são e serão sempre livres de se manifestarem". A solução, defende, é a demissão da ministra da Educação.
Filomena Fontes, com J.F.C. e Lusa

5 comentários:

Carlos Alberto disse...

Pois.
E o Pai Natal vem todos os anos num trenó e desce pela chaminé com os presentes...
Eu não acredito em bruxas. Mas que as há. Há.

Anónimo disse...

Sábado, 15 de Novembro de 2008
ESTÁ EM MARCHA O PREC II - ESTÁ NOS COMPÊNDIOS LENINISTAS
O PCP e seu satélites sabem fazer isto muito bem e espero que ninguém tenha medo das ameaças de tribunal do senhor Mário Nogueira. Ou teremos de recorrer de novo a Mário Soares para ir para a rua defender a DEMOCRACIA E A LIBERDADE?

"CONVERGÊNCIA DAS FRENTES DE LUTA" dirigida a quatro pilares:

PROFESSORES, MILITARES, FUNÇÃO PÚBLICA E AGORA OS ALUNOS. Só não vê quem não quer.

Como o operariado já não existe e ir para a porta das fábricas é perigoso porque provoca mais desemprego, joga-se onde o emprego é para a vida inteira.

Lamentávelmente um partido pilar da Demcracia, responsável por 13 anos de governo em 23, o PSD e a sua líder, cavalgam a onda de descontantamento, numa fase tão dificil para Portugal e para o Mundo, com a falência do neoliberalismo. É a CRISE FINANCEIRO E A CRISE ECONÓMICA, que a ganância do lucro e a Globalização selvagem provocaram. Sobre isto a lider do PSD cala-se. Sobre BPN fica muda. Sobre alternativas não divulga. Agora só fala para dizer que é preciso suspender a avaliação e experimentar outra. MAS QUAL?

nOTA: Li hoje um artigo esclarecedor de Miguel Sousa Tavares no Expresso.
Carlos Pinto

Meu caro Pedro Baptista, respeito muito as tuas opiniões, mas desta vez não posso estar de acordo.
E quanto a notícias do Público, só acredito quando o senhor José Manuel Fernandes, que fez um editorial falso, sobre a cedências de instalações, dando guarida às palavras do senhor Mário Nogueira e desmentidas pelo Presidente do Sindicato d Centro,dizia eu, quando aquele senhor do Público se retratar, como noutras ocasiões, eu acredito em notícias desse jornal.
Os alunos, não todos, se não foram manipulados, foram bem instruidos. E em Fafe tinham alguns professores ao lado a apoiar as acções de protesto e impedimento de circulação à Ministra.
O secretário de Estado Valter Lemos já devia ter aprendido que deve falar quando lhe pedirem.
Se não querem esta Avaliação e este Estatuto, qual propõem?

Pedro Baptista disse...

Meu Caro Carlos Pinto:
Com toda a amizade:
Eu não sei se em algum lugar do país houve manipulação de alunos, mas tu sabê-lo-ás? Até quando sonharemos com conspirações e manipulações por todos os lados só para não vermos que a culpa é nossa? Do que sei, sei, de ver, ouvir, estar bem metido no terreno (só durante mais duas ou três semanas)e posso-te dizer que numa das maiores escolas secundárias do Porto a greve surtiu da cabeça dos alunos e de mais ninguém, decidida na véspera ao fim da tarde, em que tiveram a cortesia de ir avisar o C.E. do que se ia passar no dia seguinte que foi greve total logo às 8,15 da manhã, para surpresa dos professores e funcionários. E os da manhã garantiam que à tarde não haveria greve porque não estavam mobilizados nem havia ninguém de tarde entre os decisores e contudo, por força da comunicação social, à tarde, a greve foi quase total. Espontâneamente! E sabes porquê? Porque a Escola vive num baril de pólvora, sendo os únicos culpados, a mesquinhez, a incompetência o autismo e a teimosia desta equipa ministerial que conseguiu fazer o pior ano escolar desde 1976, em que é impossível trabalhar, porque tudo está montado para "o faz de conta" para "o fazer passar que". Todos os professores percebem isto, como todos os alunos percebem a palhaçada das "aulas de substituição", a confusão inacreditável do Estatuto do Aluno, o "castigo"da prova de recuperação para os que adoecem e têm de faltar. Avaliação dos Professores? É para rir! Não há avaliação nenhuma, o que o ME quer é uma farsa completa, como completa foi farsa da divião dos profs. em titulares e não titulares, em muitos casos premiando mais o demérito e castigando o mérito.É o pior ano de sempre, porque é o ano em que menos e pior se trabalha pois, independentemente dos "rankings" "aferições" e "classificações" fáceis de montar, é o ano em que o que
é verdadeiramente importante - ensinar e aprender - é considerado secundário e não há condições para se fazer porque está tudo arrazado num processo tão absurdo como aquele que nos é narrado por Franz Kafka no romance com esse mesmo nome!
Esta equipa está totalmente isolada em todo o mundo educativo!
Se há manipulação não é dos alunos é das pessoas que pensam que esta equipa está a reformar positivamente seja o que for.
Muito menos dos professores, um eleitorado preferencial do PS onde dificilmente voltará a ter votos.
Um grande abraço.

Anónimo disse...

Sabiam que Portugal é o único país da Eur9opa que tenta usar todos os métodos de avaliação ao mesmo tempo? Que a Finlândia, a Islândia não têm avaliação, na Dinamarca cada Escola faz como entende, em Inglaterra é uma coisa muito simples com um só observação de uma aula no momento da progressão, em Itália só quando há indicíos de incompetência é aberto um inquérito, de resto só há uma avaliação simples a pedido do professor, e só cá é que se lembraram duma embrulhada destas?

Anónimo disse...

Meu caro Pedro Baptista:
Com toda a consideração, respeito e amizade só mais duas coisas:

. Não morro de amores por esta equipa ministerial, com excepção para a Ministra que ainda dou algum benefício, mas que considero que fala muitas vezes à comunicação social e devia falar mais aos professres e aos aluns;

. DEve u não fazer-se avaliaçao e distinguir os bons dos menos bons? Não devem os profissionais ser hierarquizados? É assim n ensino superior e em todas as empresas e Organismos do Estado. Sei que não concordas com a palhaçada do Jardim na Madeira, que com 3 meses de aulas, por decreto do governo os professores sao todos bons.
As aulas de substituição foram ridicularizdas porque alguns quiseram que fosse assim. O problema como sabes não são as aulas de substituição, são o cumprimento do horário de trabalho para a escola e para os alunos e não cumprir só horas lectivas que vão sendo reduzidas com tempo de serviço.
.Quanto a manipulação eu não afirmei, mas continuo a dizer que alguns estavam muito bem instruidos. E se mais nou soubesse, e sei, bastava-me ter ouvido mais que uma aluna às camaras de telvisão dizer que os professores os empurraram e não davam a cara.
Aguarda pelos próximos dias e só espero que se cumpra o que há 1 ano escrevi para quem de direito, ara que fossem criadas 3 Uniades de Missão, com representaço de Professores, Pais, Alunos, Sindicatos, que acompanhassem esta reforma profunda numa área tão sensível.Nada disto teria acontecido. Se o Estatuto do Aluno nao serve, reclamem e apresentem propostas de alteração. A questão das faltas por doença, pelo que li do Estatuto não é assim como querem vender.
Para terminar e porque isto já me incomoda demasiado, pela falta de rigor de ambas as pates,quer dizer uma coisa muito simples e outra que hoje tive conheciment:

. A ESCOLA PÚBLICA É ARA MELHORAR COM REFORMAS CREDÍVEIS? ENTÃO FAÇAM-SE OU ENTÃO NÃO SE FAÇA NADA E FIQUE COMO ESTÁ, E VAI ACONTECER SAÚDE,MA ESCOLA PARA POBRES E OUTRA PARA RICOS, COMO JÁ ACONTECE COM ALGUNS COLÉGIOS PRIVADOS QUE TÊM ACORDOS COM O ESTADO E SÃO PRINCIPESCAMENTE SUBSIDIADOS. TÊM É DE TER MAIS DE 200 ALUNOS, COLÉGIOS COM 199 NÃO RECEBEMTOSTO.
É UM ASSUNTO PARA APROFUNDAR MAIS EM TODAS AS VERTENTES.

O que não aceito é que professores numa aula de 5º. ano, escrevam no quadro quatorze e depois catorze e digam aos miudos, agora estou baralhada, prguntem lá em casa como é. Foi numa escola privada.

Por fim quero dizer-te que tenho a certeza de que a grande maioria dos professores são optimos profissionais e devem ter o nosso respeito e consideraçao, prque hoje é dificil ser professor.

Quanto à maioria dos professores serem ou votarem PS, não acredito, mas não é isso que me guia as minhas palavras.