terça-feira, 9 de setembro de 2008

PS: Pedro Baptista formalizou candidatura à distrital socialista do Porto

(JN) 08 Set 2008 Lusa - O ex-deputado Pedro Baptista, candidato à liderança da distrital do PS/Porto, cujas eleições devem ocorrer em Outubro, defende, na sua moção de orientação política, "liberdade" para coligações à esquerda (com o PCP e BE) nas autárquicas de 2009.
Pedro Baptista, que deverá ter como adversário o actual líder da distrital Renato Sampaio - que já admitiu publicamente a recandidatura - entregou formalmente, quarta-feira, na Federação do PS/Porto, as suas propostas.
"Defendemos esta posição para o Porto, mas entendemos que deve ser extensiva a todo o país, tal como tantas vezes foi feito no município de Lisboa", propõe Pedro Baptista.
O professor universitário e escritor - é licenciado e doutorado em Filosofias pela Faculdade de letras da Universidade do Porto - defende, no entanto, que a iniciativa deve partir do PS.
Admitindo tratar-se de um "assunto polémico" no partido, o candidato à federação distrital do PS/Porto sugere a realização, a nível nacional, de um referendo interno sobre a questão.
No entanto, afirma, "consideramos esta decisão, a nível do distrito do Porto, absolutamente decisiva para inverter o rumo e passar para uma vida em que o partido volte a ser a esperança e a receber a confiança do eleitorado".
Pedro Baptista, que foi dirigente estudantil de 1968 a 1971, co-fundador do Grito do Povo, preso politico (deportado) em 1973 e deputado à AR entre 1995 e 1999, considera ainda que se devem candidatar às autarquias "pessoas exclusivamente concentradas na luta pela vitória" não devendo por isso ser candidatos a deputados na Assembleia da República.
Defende também que "o PS/Porto tem de fazer ouvir a sua voz, expressando as suas perspectivas sobre a orientação do partido e do governo, resultantes da sua própria reflexão e tendo como base a auscultação dos anseios e a consideração dos interesses da população e da região".
"Rejeitamos a concepção de disciplina baseada no silêncio, na aquiescência acéfala, no pensamento único ou no não-pensamento e rejeitamos a concepção carreirista da política como serventuário do superior hierárquico", afirma.
Defensor da regionalização, o candidato compromete-se, caso vença as eleições de Outubro, a colocar a Federação Distrital do Porto na "primeira linha desse combate" pugnando por um mapa coincidente com as cinco regiões-plano.
No mesmo capitulo, defende "um acordo de revisão constitucional que retire a obrigatoriedade de referendo ao imperativo constitucional da regionalização, sendo absurdo o referendo de parte de um texto que, por natureza, não pode ser referendado, e depositando na Assembleia da República a plenitude das suas responsabilidades na instituição em concreto das regiões".
Caso não haja condições políticas para esse acordo, afirma, "pugnaremos por um acordo de revisão constitucional que retire da Constituição a cláusula-tampão que implica a obrigatoriedade de um referendo vinculativo para a instituição em concreto das regiões".
"Ou seja, somos contra a exigência de que o número de votantes seja superior a metade dos eleitores inscritos no recenseamento, tanto mais que, depois de três referendos nacionais entre nós, nenhum conseguiu tal margem de votantes", acrescenta.
Propõe ainda que a regionalização seja inscrita como objectivo prioritário e urgente do PS no programa eleitoral para as legislativas de 2009, conforme o programa eleitoral de 2005.
Um exemplar da moção de orientação politica da candidatura de Pedro Baptista foi entregue nos serviços da Federação Distrital do Porto na passada quarta-feira acompanhado pelas assinaturas necessárias de subscritores.
Na mesma ocasião, foi entregue uma carta dirigida ao presidente da federação, Renato Sampaio, solicitando a entrega das listagens de militantes do distrito e respectivos endereços bem como os números telefónicos e os endereços electrónicos registados no partido.
O actual presidente da Federação Distrital do PS/Porto, Renato Sampaio, anunciou já a intenção de se recandidatar ao cargo.

1 comentário:

Anónimo disse...

O que será preciso dizer mais... para se distinguir a diferença???