domingo, 17 de agosto de 2008

ASAE sem rei nem roque? Se não é, parece...Quando é que para além da determinação necessária, surge também um pouco da humildade sem a qual não há competência nem respeito pelos cidadãos? Ou não teremos, pelo contrário ou também, a oposição CDS do vereador da Câmara do Porto a aproveitar uma ambiguidade sobre a venda do pescado para armar peixeirada, pois, na verdade, impunha-se um pedido de esclarecimento, antes de aproveitar a Imprensa na estação seca? Mas quem passa um triénio ensombrado por Rui Rio tem de aproveitar a ocasião quando o patrão está fora. E dá sempre jeito aos que tentam ser os algozes do Bolhão passarem por ser os cordeirinhos do Bom Sucesso... E que ideias tem a Câmara da direta para o Bom Sucesso, senão o derrube ou a entrega a um concessionário que o transforme em mais um Shopping Center?
16.08.2008 - LUSA
O presidente da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) esclareceu foi apenas determinado o encerramento da venda de pescado e não de todo o mercado do Bom Sucesso, ao contrário do que afirmava a Câmara Municipal do Porto.
“A notificação enviada à autarquia diz apenas respeito ao encerramento das bancas do peixe”, explicou António Nunes, em declarações à Lusa, reagindo às críticas do vereador das Actividades Económicas da Câmara do Porto, que esta tarde anunciou o encerramento do mercado do Bom Sucesso por determinação da ASAE.
Manuel Sampaio Pimentel, criticou a "falta de bom-senso e a irresponsabilidade" daquela entidade de fiscalização, dando conta de duas notificações diferentes: uma datada de quinta-feira, ordenando a suspensão imediata da actividade de todo o mercado, e outra, anterior, determinando apenas o encerramento da actividade de venda de pescado.
O presidente da ASAE esclareceu que, da fiscalização realizada a 18 de Julho no mercado do Bom Sucesso, resultaram uma notificação para o encerramento da actividade de venda de peixe e um relatório auxiliar indicando as intervenções que devem ser feitas em todo o edifício. “Perante estes dois documentos – notificação e relatório –, o que realmente vale é a notificação”, adiantou António Nunes.
O responsável máximo da ASAE explicou ainda que a fiscalização realizada naquele mercado contou com a presença de elementos da autarquia, tendo ficado claro na altura a necessidade de proceder a reformas nas bancas de peixe, o que obrigaria à suspensão da venda de pescado. “Desde o inicio que se fala da parte do peixe. Lamento que não tenham sido contactados os serviços da ASAE para o esclarecimento das dúvidas”, afirmou, acrescentando que o resto do mercado precisa de obras de beneficiação, mas isso não obriga ao seu encerramento, uma vez que as anomalias detectadas “não põem em risco a saúde pública”.
Na conferência de imprensa esta tarde, Sampaio Pimentel citava um relatório inspectora-chefe da ASAE, Maria Adelaide Torres, para anunciar que todo o mercado seria obrigado a encerrar, e lamentava que a entidade de fiscalização tivesse adoptado posições divergentes nesta matéria. António Nunes insistiu que, se a autarquia tinha dúvidas, deveria ter contactado os serviços da ASAE para esclarecimentos não vendo motivo para a convocação de uma conferência de imprensa. “Quando tenho dúvidas pergunto e não convoco conferências de imprensa. Que razões levam a pôr um assunto sério de uma forma pouco razoável?”, questionou.

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