quarta-feira, 23 de julho de 2008

Hugo Chávez convida Rússia a instalar bases militares em território venezuelano

23.07.2008 - 09h34 Agências (Público)
O Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, convidou a Rússia a instalar bases militares de apoio em território venezuelano, informou a agência noticiosa russa Interfax, em Moscovo, onde o chefe de Estado venezuelano se encontrou com o Presidente russo.
“A Rússia tem suficiente potencial para garantir a sua presença em diferentes partes do mundo. Se as Forças Armadas russas quiserem instalar-se na Venezuela, serão recebidas calorosamente”, indicou o socialista Chávez.
Tendo em vista a polémica instalação de um escudo de defesa antimíssil norte-americano no centro da Europa, Moscovo tinha ameaçado Washington com uma retaliação, que poderá agora residir nesta estratégia.
A Rússia está contra a instalação de um escudo de defesa americano na República Checa e na Polónia, afirmando que se sente ameaçada. Na segunda-feira, o diário moscovita “Izvestiya” assegurou que a Força Aérea russa estaria a estudar trasladar bombardeiros de longo alcance para Cuba, em resposta ao sistema de defesa antimíssil norte-americano, passados quase 50 anos da crise da Baía dos Porcos.
Chávez terá argumentado que a Venezuela tem tão boa posição estratégica como Cuba. “Içaremos as bandeiras, bateremos nos tambores e cantaremos canções porque os nossos aliados chegaram, com quem partilhamos a mesma visão do mundo”, afirmou o socialista Chávez numa conferência de imprensa.
O líder venezuelano deslocou-se a Moscovo – antes de chegar hoje a Lisboa – para assinar acordos de cooperação energética com a Rússia mas também para deixar claro que, frente àquilo que chamou de “planos agressivos” por parte dos Estados Unidos, o seu país está em “processo de rearmamento das suas Forças Armadas”.
“Já temos fechado o negócio dos caças russos Su-30”, assinalou Chávez na mesma conferência de imprensa, acrescentando que a Venezuela também “trabalha na integração do seu sistema antiaéreo, que irá garantir a segurança a curto, médio e longo alcance”, processo no qual é assistido pela Rússia e pela Bielorússia.

1 comentário:

Anónimo disse...

Nunca se sabe!!
É melhor PREVENIR que remediar!!
Com Uribe ali tão perto!!!