quinta-feira, 26 de junho de 2008

Salvar a Linha do Tua


(JN) 2008-06-19
O movimento cívico pela linha do Tua exemplifica a mobilização de cidadãos para tentar impedir a concretização da destruição da linha férrea do Tua com o objectivo da construção de uma barragem hidroeléctrica.
Esta decisão anunciada num programa de construção de barragens deste tipo, a acrescentar às já existentes na bacia hidrográfica do rio Douro, traduz uma das consequências da impossibilidade de regionalizar o país, quando se promoveu o referendo que a inviabilizou, sendo que parece dar pertinência ao projecto da vereação da Câmara Municipal do Porto, que pretende reabrir a discussão desta tão pertinente temática face ao excessivo centralismo da governação actual.
A linha do Tua já existe há mais que 120 anos e tem permitido manter a identidade cultural de uma região que poderia ser desenvolvida como área metropolitana de Bragança, incluindo Mirandela e as áreas circundantes, como as termas de Carlão, que existem desde a ocupação romana de Península Ibérica.
Sendo uma região eminentemente agrícola, a linha do Tua desempenha um papel decisivo no transporte das mercadorias correspondentes, sem o inconveniente do agravamento da poluição atmosférica inerente ao transporte automóvel.
Viajar na linha do Tua é usufruir da beleza natural da região hidrográfica do rio Douro, promovendo a importância turística desta região que é Património da Humanidade.
O Movimento Cívico pela Linha do Tua tem mobilizado os cidadãos que possam deste modo promover a democracia participativa como forma de afirmar a cidadania, defender o património nacional e promover os desenvolvimentos numa perspectiva do crescimento cívico e ético.
Vamos salvar a linha do Tua, afirmando a nossa cidadania.

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