terça-feira, 17 de junho de 2008

Ministro da Cultura diz não haver entraves à criação de pólo da Cinemateca no Porto, mas não adiante data de abertura

Então vamos lá, toca a avançar, que amanhã é tarde e quando a esmola é grande o pobre desconfia... E uma petição de um grupo organizada por um grupo de jovens cinéfilos portuenses, que tivemos a honra de assinar e divulgar neste blog, vale muito mais do que um grupo de deputados eleitos pelo Distrito e pagos para "estarem por lá" durante 4 anos...
16.06.2008 - 15h08 Lusa, PÚBLICO
O ministro da Cultura afirmou hoje que não existe qualquer obstáculo à criação de um pólo da Cinemateca no Porto, uma iniciativa que considerou "muito importante". Segundo José António Pinto Ribeiro, o pólo poderá começar a funcionar assim que se fizerem as obras de restauro na Casa das Artes do Porto, embora não tenha adiantado qualquer data de abertura. "Tem sido uma preocupação minha desde que tomei posse e não há qualquer entrave para que haja um pólo", disse hoje o ministro no final de uma audiência com o Presidente da República, na qual se fez acompanhar por João Benárd da Costa, presidente da Cinemateca. João Bénard da Costa referiu que a Cinemateca facilitará a cedência de obras e o contacto com Cinematecas estrangeiras, sublinhando, no entanto, que a iniciativa terá que partir do Porto.
Este domingo, Isabel Pires de Lima, antiga ministra da Cultura, afirmou que a criação desse pólo terá de passar pela saída de Bénard da Costa "ou por uma vontade política que contorne a sua má vontade". Em entrevista à Rádio Nova e ao PÚBLICO, Pires de Lima criticou Benard da Costa e referiu que enquanto esteve no Ministério da Cultura tentou desenvolver as condições para que o Porto tivesse um pólo da Cinemateca, nomeadamente através do lançamento da recuperação da Casa das Artes, que nunca se veio a concretizar.
Bénard da Costa disse hoje que responderá a seu tempo às críticas da antiga ministra da Cultura.
A criação de uma extensão da Cinemateca do Porto é uma exigência antiga dos cinéfilos da cidade, mas recentemente ganhou novo fôlego quando um grupo de estudantes universitários lançou um abaixo-assinado na Internet. No documento, os estudantes defendem que a criação de um pólo no Porto "permitiria acabar com a carência de exibição cinematográfica sentida na cidade, ao nível da produção anterior à década de 90".

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