domingo, 25 de maio de 2008

Manuel Pinho recusa intervenção nos preços dos combustíveis

Retirar carga fiscal será intervir ou desintervir? O Estado deve receber do ISP o que era expectável quando foi aprovado o Orçamento de Estado, não o que lhe sai na rifa com estes aumentos absolutamente colossais e excepcionais, uma vez que esse jackpot sai do bolso de todos, aumenta em flecha a inflacção, retrai a economia, põe em situação aflitiva todos os que não têm alternativa ao carro individual para ganharem a vida, além de fazer baixar as vendas em Portugal e fazê-las subir em Espanha.
(Público) em linha 25.05.2008 - 17h57 Lusa
O ministro da Economia, Manuel Pinho, afirmou hoje que o Governo vai tomar todas as medidas para melhorar a concorrência e diminuir os efeitos sociais do aumento dos combustíveis, mas recusa qualquer intervenção governamental sobre os preços dos produtos petrolíferos. Manuel Pinho considera mesmo "indecoroso" que políticos responsáveis pela liberalização do mercado de combustíveis [em 2004, durante o governo de coligação PSD-CDS/PP] "reclamem agora um intervencionismo sobre os preços". O ministro admite estar "muito preocupado" com a subida do preço dos combustíveis e garante que o Governo vai tomar todas as medidas que possam melhorar a concorrência e diminuir os efeitos sociais do aumento dos combustíveis, mas sem colocar em causa o processo de redução do défice público dos últimos três anos. Manuel Pinho põe assim de lado qualquer intervenção nos preços quer através do seu congelamento, tal como foi feito no Governo de António Guterres, quer de descidas ao nível dos impostos. Ontem, o líder do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu a redução da carga fiscal sobre os combustíveis e um mercado de concorrência, alertando que a "teimosia" do primeiro-ministro enriquece Espanha, onde cada vez mais portugueses se vão abastecer por os preços serem mais baixos. Já hoje, o candidato à liderança do PSD Pedro Passos Coelho pediu ao Governo para que desça urgentemente o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP), considerando a medida como decisiva para evitar um "colapso económico".

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