quinta-feira, 17 de abril de 2008

Ryanair pode fugir para a Galiza


De que é que se está à espera para apoiar os low-coast da Ryanair no Porto? Talvez se esteja à espera de aumentar os low-coast na Portela para justificar o novo aeroporto de Lisboa, que só é justificado exactamente pelo crescimento dos voos low-coast (80% do aumento)? Por que se hesita, em que na privatização da ANA, o Aeroporto do Porto seja autónomo, tal como é o Porto de Leixões com os resultados que se conhecem? Na Federação Distrital do Porto do PS ninguém diz nada? Nos deputados do Porto, também não? Outros, também não? Os putativos candidatos que só serão se tiverem a cama feita para se deitarem também não? Bom, lá terá de ser o Marco António a capitalizar, como hoje, com a vergonha dos desvios dos planos transversais do QREN em que o valeu foi a nossa arenga, das oito da manhã, na Rádio Festival, a anteciparmo-nos, já que havíamos gravado ontem à tarde...

(JN) 17.04.2008 A pretensão da Ryanair de instalar uma base no Aeroporto de Sá Carneiro (Maia) não é ignorada no estudo da Faculdade de Economia do Porto. A investigadora Cristina Barbot alerta para a concorrência dos três aeroportos da Galiza e para o risco de "decisões lentas e burocráticas" afastarem o interesse das companhias low cost por esta infra-estrutura aeroportuária. "Se, por exemplo, há entraves burocráticos em determinado lugar à criação de uma nova rota ou à constituição de uma base, essas companhias procurarão outro local . A compra de novos aviões, a contratação e treino de novas tripulações e aprovisionamento de outros factores não podem esperar por decisões lentas e burocráticas por parte dos aeroportos (...). Existindo na região da Galiza três aeroportos alternativos ao Sá Carneiro, é muito provável que este possa ser preterido em favor dos outros, no caso de longas esperas pelo acordo com as entidades gestoras", lê-se no estudo.Sublinhando a importância da Ryanair no aumento do número de passageiros do Sá Carneiro, Cristina Barbot crê que a instalação de bases traz "vantagens para os aeroportos onde se situam". No primeiro semestre de 2007, esta companhia representava 75% do total dos passageiros das low cost. A Easyjet também é forte entre estas companhias, mas a investigadora prevê que esta optará por instalar uma base em Lisboa, onde tem mais rotas. "A Ryanair tem sido, assim, a responsável pelo crescimento do movimento de low costs no Porto e tudo leva a crer que continuará a sê-lo", caso estabeleça a base. Nesse cenário, estima que a empresa terá, em 2010, 21 rotas a partir do Porto. Hoje são 15. "Admitimos que, a partir de 2010, o crescimento da empresa desacelera e que se criará uma nova rota por ano até 2014". Novos destinos prováveis são Roma, Dusseldorf, Glasgow e Roterdão. Ainda assim, defende que o aeroporto não será dependente das low cost, embora a presença se fortaleça. Calcula que, em 2020, as companhias tradicionais continuarão a dominar o movimento no Sá Carneiro, com 54% dos passageiros. A Ryanair será responsável por 27% dos passageiros.

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