terça-feira, 25 de março de 2008

Porto produz 25% da ciência nacional


Onde se demonstra o que o Porto pode dar a si mesmo e ao país se o deixarem e lhe derem o que precisa e aquilo a que tem direito. Aos que descobriram a pólvora e repetem que a regionalização não é uma panaceia, como se alguém alguma vez tivesse dito que o era ou se alguém acreditasse em panaceias, é de dar razão ou não estivesse a pólvora já descoberta há muito: o Porto precisa e merece mais, precisa da administração central desconcentrada, precisa de parte dela no Porto e em outras cidades do país, no sentido de um país policêntrico, com vários pólos de desenvolvimento, no lugar de uma país que se desertifica pelo efeito aspirador de uma capital unipolar que faz implodir a economia e a vida social e cultural. Nem é preciso ser muito criativo. Basta ser patriota e "copiar" os países desenvolvidos circunvizinhos.


(JN) 25.03.2008

Quase um quarto da produção científica nacional tem origem na Universidade do Porto (UP), indica um estudo do Institute for Scientific Information (ISI), dos EUA, a cujas conclusões a Lusa teve acesso. O ISI gere uma base de dados - a Web of Science (Rede de Ciência) - que semanalmente é actualizada com todos os artigos publicados num vasto conjunto de revistas científicas mundiais de todas as especialidades, previamente avaliadas, das áreas das Ciências, Ciências Sociais e Artes e Humanidades. Os dados da Web of Science mostram que em 2007 foram publicados 7.700 artigos científicos, produzidos em Portugal, dos quais cerca de um quarto contaram com a participação de investigadores, estudantes ou docentes da UP. Os dados disponibilizados, desde 1998 a 2007, mostram que a produção de artigos científicos produzidos em Portugal quase triplicou durante este período, já que passou dos 2.898 de 1998 para os 7.700 de 2007. Neste mesmo período registou-se um aumento constante do peso da contribuição da UP para o número de artigos científicos publicados em revistas internacionais, provenientes de Portugal.

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