terça-feira, 1 de abril de 2008

Pacheco Pereira à bomba

Já todos imaginaram o logro em que cairemos se nos pusermos a apoiar facções do PSD contra outras, nomeadamente as que estão na oposição interna sobre as que ganharam o Congresso laranja? Por alma de quem, haveríamos de ser eco das diatribes destes "inteligentes" do Sul contra os bárbaros do Norte? O que é que as alternativas a Meneses, além do exemplo vergonhoso de práticas partidárias anti-democráticas - o homem foi eleito há dois meses! -, têm para nos oferecer para lá do ódio cego à regionalização e o controlo da Linha de Cascais, mais alguns tapetes como este Pépé, sobre o PSD? E à bomba Pépé? Nunca os tiveste para as fazer e as pôr quando foi preciso, ou seja no tempo do fascismo, e ias fazê-las agora? Se do Meneses não virá nenhuma lição de vivência democrática, dos "inteligentes" muito menos. Quem não se lembra do "inteligente" da canção de há 40 anos do Ary dos Santos. Alguns, os que não tinham nascido.
Estas declarações estão para o regime democrático constitucional, como a "histeria" da aluna do Carolina esteve para a disciplina escolar e pelo respeito que os professores, por parte dos alunos e por parte de todos, merecem e têm de ter. O homem parece mesmo desesperado.
Ademais, e isto é que é importante relevar, somos a favor de pactos regionais entre todos os partidos, para defender uma política regional e os interesses da região. Não é de certeza com fala-baratos que só têm o voto deles dentro do partido que o poderemos fazer. Deixemos os problemas do PSD ao PSD. Governemos bem. Façamos as políticas regionais, por fazer com a obsessão macro do centralismo. Assim venceremos. Mas só assim interessa vencer.
O que menos perdoam ao Meneses? A suspeita de que seja a favor da regionalização. Só a suspeita porque às tantas nem é. Ou será? A Federação do PS/ Porto já o devia saber, preto no branco, se tivesse a iniciativa política que lhe competiria.
(Público) 31.03.2008 - 17h13 Lusa
O social-democrata Pacheco Pereira quer que a direcção do PSD de Luís Filipe Menezes seja afastada antes das eleições de 2009 e prevê que a mudança de liderança "vai mesmo ter de ser 'à bomba'".Em quatro textos publicados entre sexta-feira e domingo no seu blogue, Pacheco Pereira defende que o PSD tem de se apresentar às eleições de 2009 com uma nova liderança. "2008 já pode ser tarde demais e em 2010 já será certamente tarde demais", considera o comentador político, que escreve que "afastar a actual direcção" do PSD "é aquilo que todos esperam". Luís Filipe Menezes foi eleito presidente do PSD em directas em Setembro do ano passado, tendo como único adversário o anterior líder do partido, Luís Marques Mendes. Pacheco Pereira declara-se "jardinista" nesta matéria: "Como [Alberto João] Jardim considero que a última oportunidade para inverter o plano inclinado é em princípios de 2009, depois é só assistir ao desastre anunciado". Alguns órgãos de comunicação social atribuíram a Luís Filipe Menezes, a expressão de que quem o quiser afastar da presidência do PSD terá de fazê-lo "à bomba". Segundo Pacheco Pereira, "não vai ser fácil porque vai mesmo ter que ser 'à bomba', dado que em 2009 há dezenas de lugares apetecidos para distribuir e para cada lugar há cinco pessoas da 'situação' a quem este foi prometido e dez que acham que lá podem chegar no meio da guerra civil". "Aqueles que contam com a derrota do PSD em 2009, para afastar a actual direcção, - e não adianta estarmos a enganar-nos uns aos outros com palavrinhas de circunstância, é aquilo que todos esperam, - prestam um péssimo serviço a uma alternativa mais que necessária ao PS", argumenta o social-democrata.
Pacheco Pereira refere que "há quem pense que 'se deve dar uma oportunidade ao líder' de ir a eleições" e acrescenta: "Em condições normais, talvez sim, se não tivesse há muito deixado de haver condições normais". O risco é "acordar em 2010 com um PSD que perdeu de vez a sua dimensão nacional, um partido que conta cada vez menos para a vida pública", sustenta. Por outro lado, Pacheco Pereira interroga-se se, perante a oportunidade de substituir a direcção de Menezes, "será que aparece a gente séria e capaz que ainda existe no PSD, para se mobilizar num programa e num governo alternativo ao PS de Sócrates". "Aí tem mesmo que aparecer, sob pena de até eu ir votar em Menezes, metaforicamente falando claro está", declara

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